segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

26. Hábitos que vêm de trás... e não mudam!

Nemo, escuta este diálogo, supostamente do século XIV. É um exemplo de como os governantes pensam em relação aos que governam e explica como se chega ao descalabro actual do nosso modo de vida:


Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV:

* Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...

* Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!!  Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!

* Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis?

* Mazarino: Criam-se outros.

* Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

* Mazarino: Sim, é impossível.

* Colbert: E então sobre os ricos?

* Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles não iriam gastar mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

* Colbert: Então como havemos de fazer?

* Mazarino: Colbert! Tu não alcanças suficientemente ao longe! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres:  os que trabalham, sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tirámos. É um reservatório inesgotável. 


Sinceramente... vocês são mesmo estranhos, não percebo é se são seres de muita fé ou se são pura e simplesmente estúpidos...




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